HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO: NO MUNDO E NO BRASIL

Os povos mais antigos, quando saíam em busca de alimento ou de abrigo, praticavam a ajuda mútua, para sobreviver. Os agricultores, artesãos e mercadores na China, Grécia e Egito, em união, buscavam uma melhor condição de vida. O cooperativismo baseia-se nisso, e bem lá no início da história humana, quando Deus criou o homem, em seguida deu ao primeiro homem, Adão, a mulher, Eva, como sua ajudadora (Gên. 2: 20). Esse é o primeiro exemplo de cooperação da história humana.

A primeira cooperativa oficial da história só surgiu no século XIX na cidade de Rochdale, povoado próximo de Manchester, na Inglaterra. 27 tecelões e uma tecelã que, ao passarem por uma difícil situação econômica, começaram a se reunir para discutir e encontrar, juntos, uma forma de melhorar suas vidas. E no dia 21 de dezembro de 1844 eles criaram uma cooperativa de consumo, que se chamou "Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale".

Através desta cooperativa os associados tinham acesso à compra de alimentos, sem depender dos grandes comerciantes. Todo o funcionamento era orientado por princípios, que eram assumidos e respeitados por todos os associados. Esses princípios foram tão fortes e tão válidos, que até hoje, passados mais de 150 anos, influenciam todo o movimento cooperativista.

A França foi o berço das primeiras Cooperativas de trabalho. Influenciados pelos ideais dos ingleses de Rochdale, eis que surge a primeira cooperativa de trabalho, em Paris, que tinham por finalidade, confeccionar os uniformes da Guarda Nacional.

Criada em 1895, A. C. I. – Aliança Cooperativa Internacional, associação não-governamental e independente, reúne, representa e presta apoio às Cooperativas e suas correspondentes organizações, objetivando a integração, autonomia e desenvolvimento do Cooperativismo. Foi umas das primeiras organizações não governamentais a ter uma cadeira na ONU – Organização das Nações Unidas. Atualmente sediada em Genebra, Suíça, que para orgulho dos brasileiros, tem na sua presidência o Professor Roberto Rodrigues, o primeiro não europeu a assumir esse cargo em mais de 100 anos de existência da organização. A sede da A.C.I no Brasil fica na OCESP – Organização da Cooperativas do Estado de São Paulo.

INÍCIO DO COOPERATIVISMO NO BRASIL

Em 1847, inicia-se o movimento cooperativista no Brasil. O médico Francês Jean Maurice Faivre, juntamente com um grupo de europeus, fundou, nos sertões do Paraná, a colônia Tereza Cristina, que em bases cooperativistas, contribuiu na memória coletiva como elemento formador do florescente cooperativismo brasileiro.

Representando todo sistema cooperativista do Brasil, a OCB – organização das Cooperativas do Brasil, constituída no dia 2 de dezembro de 1969, durante o IV Congresso Brasileiro de Cooperativismo, que tem por objetivo principal, o fortalecimento do Cooperativismo.

Símbolos do Cooperativismo

Pinheiros - Antigamente o pinheiro era tido como um símbolo da imortalidade e da fecundidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na sua multiplicação. Os pinheiros unidos são mais resistentes e ressaltam a força e a capacidade de expansão.

Círculo: representa a eternidade, pois não tem horizonte final, nem começo, nem fim.

Verde: Lembra as árvores - princípio vital da natureza e a necessidade de se manter o equilíbrio como meio-ambiente.

Amarelo: simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor.

Dia Internacional do Cooperativismo: instituído em l923 no Congresso da ACI é comemorado no primeiro sábado de julho de cada ano, a confraternização de todos os povos ligados pelo cooperativismo.

Cooperativas de Eletrificação do RN versus COSERN

A exemplo do que ocorreu com Davi e Golias,descrito na bíblia em 1 Samuel capítulo 17, está acontecendo no Rio Grande do Norte,uma batalha entre um gigante (COSERN) e um pequeno, representado pelas Cooperativas de Energia do RN. Entre elas, uma das vítimas que mais sofrem com os ataques desse gigante é a CERPAL - Coop. de Energia e Des. Sustentável do RN. Seus associados unem-se num coro na defesa da Cooperativa, que mesmo não sendo ela, uma instituição que funcione de forma perfeita, atende às necessidades do seus cooperados, tratando-os de forma humanizada, como manda a cartilha do cooperativismo.

Uma prova evidente disso, foi demonstrado na última Assembléia Extraordinária, ocorrido neste ultimo sábado 15 de Agosto de 2009 em Lagoa Salgada - RN; Houve muita comoçâo e uma bela demonstração de amor à CERPAL, quando o Sr. Roberto Coelho da Silva, Presidente da Cooperativa, anunciou que havia sido determinado, em reunião realizada em Brasília - DF, juntamente com a ANEEL, COSERN e as Cooperativa de energia do RN, não o encerramento das atividades das cooperativas e sim, que todas as redes de distribuição, juntamente com seus consumidores, passassem para a COSERN (Golias). Porém, nem tudo está perdido, Porque, sabendo da coragem e da determinação do Presidente da CERPAL e FECOERN (Federação da Cooperativas de Elet. Rural do RN)o Senhor Roberto Coelho, podemos estar certos de que ele reagirá e defenderá os interesses dessas Cooperativas e de seus associados, que, comparativamente falando, são como Davi, que apesar de aparente fragilidade, podem sairem dessa situação como vencedores dessa batalha desigual.

o que é cooperativismo

o que é cooperativismo
Cooperativismo é um movimento internacional, que tem na sua essência a busca da constituição de uma sociedade justa, livre e fraterna. A comunidade passa a ser uma organização social e econômica, tendo como base a democracia, atendendo às necessidades reais e remunerando de forma adequada o trabalho de cada um dos seus associados. Este movimento objetiva a libertação do homem do seu individualismo, por meio da cooperação entre as pessoas. Isto é o que diz claramente o artigo 3º. da Lei 5.764/71, onde a cooperativa, por meio de um contrato onde as pessoas de forma recíproca, se obrigam a dar sua contribuição com bens ou serviços em uma atividade econômica, sem a objetividade de lucro e com proveito para todos.
Para formar uma cooperativa, em primeiro lugar, as pessoas interessadas devem está conscientes do que pretendem, procurando identificar formas adequadas de funcionamento, observando as determinações legais, e que, as ações da cooperativa sejam conduzidas da melhor maneira possível, de forma harmoniosa.
A avaliação da eficiência de uma cooperativa, leva em conta não só a obtenção de sobras para os seus participantes, mas também, que resultem em melhorias sociais, econômicas, educacionais e qualidade de vida. Os associados, além de donos são também clientes da cooperativa.
As Cooperativas por ser uma sociedade sem fins lucrativos deveriam apresentar suas sobras zeradas, devido as suas operações serem decorridas com seus associados. Quando as sobras são positivas, segundo o raciocínio cooperativista, indicam que houve custos, acima do necessário para a sobrevivência da cooperativa. No entanto, para que se perpetuem, dentro de um cenário competitivo em um mercado em crescimento contínuo e dinâmico, torna-se necessário uma margem de rentabilidade, que venham a suprir e manter a capacidade tecnológica e ganhos. Esta necessidade de crescimento faz com que a Cooperativa tenha de ter um alto nível de administração e gerenciamento, dignos das grandes empresas, evitando com isto que ela assuma um caráter meramente assistencialista ou paternalista.
O associado deve ter em mente que a sua participação é principal fator na eficiência empresarial, é em função dos associados que a cooperativa existe. Portanto, o conhecimento do cooperativismo, através da educação cooperativista, com a consciência do político e do social, auxilia o associado para que ele observe com mais transparência a gestão da cooperativa. Algumas dificuldades, por exemplo, o baixo acúmulo de capital, competitividade e o investimento em tecnologia, podem surgir, apontando a necessidade de um bom planejamento.

os desafios atuais do cooperativismo

Os desafios atuais das cooperativas de eletrificação rural do RN

As Cooperativas de Eletrificação rural do Rio Grande do Norte, estão enfretando seu pior desafio das últimas décadas. Talvez devido aos efeitos da globalização, muitos não sobrevivam a essas pressões, porém, as que não sucumbirem e resistirem diante do seus piores adversários, que são as mega organizações, poderão até mesmo, no futuro próximo, tornarem-se ou parceiros, ou concorrentes.

A globalização e a abertura cada vez maior da economia de muitos países, tiveram como consequências, não só para as empresas, que tem como objetivo central o lucro, como tambem, para as cooperativas, que tem como o bem estar de seus cooperados e por sua vez, da região em que atuam.

A OCB - Organização das cooperativas do Brasil e o SESCOOP - serviço social das cooperativas, estão presentes em todo o Brasil, orientando e ajudando e fortalecendo as cooperativas. Unidas: cooperativas e essas organizações, enfrentarão todos os desafios causados pela globalização.